segunda-feira, outubro 20, 2008

Cabinda, avisos e capangas de lá e de... cá

Depois de amanhã, como aqui tem sido divulgado (aqui e também noutros locais amigos) farei a apresentação (Fnac do Norte-Shoping, em Matosinhos) do livro “O problema de Cabinda exposto e assumido à luz da verdade e da justiça”, de que é autor o advogado e professor universitário Francisco Luemba.

Até aqui nada de novo. Portugal ainda não é (julgo eu, na minha santa ingenuidade) uma “democracia” ao velho (33 anos) estilo angolano, nem o PS é tão autoritário (julgo eu, na minha santa ingenuidade) como o seu íntimo congénere MPLA.

Não deixa, contudo, de ser curioso como a rapaziada do MPLA é alérgica à liberdade, mesmo quando ela acontece noutro país, como é o caso de Portugal. Em Angola sabemos como foi, como é, e como será enquanto o MPLA estiver no poder (e pelos vistos vão somar muitos mais anos aos 33 que já levam).

Na maioria dos casos de forma indirecta, têm sido muitos os que procuram saber se, na apresentação, vou defender a mesma tese que defendi no prefácio do livro. Que raio de pergunta? É claro que sim.

“Talvez não fosse mau moderar as críticas, até porque não é bom nem para Angola nem para Portugal andar a defender, ou até a incentivar, a independência de Cabinda”, diz-me um docente universitário do Porto na mensagem em que se dsculpa por não poder estar presente.

Mais directo, um outro amigo que gravita na esfera socialista da equipa de José Sócrates, diz-me: “Essa tua ideia de dar voz a quem a não tem não ajuda nada a progredires na tua carreira,” acrescentando que “um dia destes ainda vai aparecer a defender a independência do País Basco”.

Ainda mais directos são alguns dos capangas que o MPLA tem ao seu serviço e que, igualmente, dão umas ajudas de cacetearia aos amiguinhos portugueses da mesma cor... política e não só.

Mas, seja como for, estarei lá para dizer o que penso. E, já agora, a “gorilada” que está habituada a usar a razão da força por encomenda, pode mesmo aparecer, não se limitando a dizer que talvez lá vá.

Apareçam e, mesmo não sabendo ler, sempre podem meter banga com o livro debaixo do braço...

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