O ex-líder cubano Fidel Castro manifesta uma nítida preferência pela candidatura de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos da América, considerando que o candidato democrata ultrapassa em inteligência o seu rival republicano, John McCain. Raramente, muito raramente, estou de acordo com o ditador cubano. Esta é a excepção.
Castro declarou também que foi "puro milagre" que Obama não tenha sido assassinado como Martin Luther King. Neste aspecto, temo que os radicais norte-americanos ainda não tenham desistido. Espero estar enganado.
"Nos EUA existe um profundo racismo e o pensamento de milhões de brancos não consegue reconciliar-se com a ideia de que uma pessoa negra, com mulher e filhos, ocupe a Casa Branca, que se chama assim: 'Branca'", escreveu Fidel na sua última "Refexão" publica no "site" oficial na Internet cubadebate.cu. É verdade, digo eu.
"É um puro milagre que o candidato democrata não tenha encontrado a sorte de Martin Luther King, Malcom X e de outros que acalentaram sonhos de igualdade e de justiça ao longos das últimas décadas", acrescentou Fidel, referindo aos dois líderes negros assassinados nos anos 60.
Recordando as "más notas" do republicano McCain na Escola Militar de West Point e a sua confissão de falta de conhecimentos em questões económicas, Castro sublinhou que o adversário democrata "ultrapassa-o em inteligência e serenidade". Bem visto.
"O que abunda em McCain são os anos", ironizou Castro, acrescentando que a sua companheira de lista, Sarah Palin, "não sabe nada de nada". Em cheio.
Recorde-se que Obama declarou-se favorável a uma abertura a Cuba, submetida desde 1962 a um embargo norte-americano, enquanto McCain se pronunciou pela manutenção da linha dura seguida pela administração de George W. Bush.
Sem comentários:
Enviar um comentário