O Presidente da República timorense, José Ramos-Horta, afirmou este fim-de-semana que "só um ateu ou um idota governaria contra a Igreja" em Timor-Leste. Isso quer dizer o quê sobre as ideias do Presidente?
"Não é possível nem deveria ser", respondeu José Ramos-Horta quando questionado pela Lusa sobre a hipótese de alguém governar em Timor-Leste afrontando a Igreja Católica.
José Ramos-Horta declarou também que o conflito entre o Governo de Mari Alkatiri e a Igreja, em 2004, foi "totalmente desnecessário". "Eu defendi sempre, desde o início, parceria, parceria, parceria com a igreja", explicou o chefe de Estado timorense.
Parceria porque não é ateu ou porque não é idiota? E a convicção?
"Não vou nada nessas cantigas da Europa, do Estado secular. Temos uma realidade bem diferente. A Igreja faz parte da História, da tradição, da identidade e da realidade corrente de hoje em Timor-Leste", disse José Ramos-Horta, acrescentando que "o país, para andar para a frente, tem que ser apoiado pela Igreja e o Estado deve apoiar a Igreja nas suas próprias missões nesta terra".
Continuamos sem saber se Ramos-Horta é ateu mas não é idiota, ou se é idiota mas não é ateu. Mas, é claro, nada disto interessa.
"Para além da missão espiritual, a Igreja tem outras responsabilidades: na saúde, educação cultura, promoção da paz, no desenvolvimento técnico-científico, até no desenvolvimento rural", afirmou, dizendo que “nós somos como alunos comparados com a experiência da Igreja. Temos que desenvolver uma parceria sólida com a Igreja".
Por outras palavras: aproveitar a real força da Igreja, mesmo que isso não corresponde a um acto consciente.
"Amo o Santo Padre, os bispos, mas a prioridade para mim era abrir a embaixada em Berlim e noutras capitais", recordou o chefe de Estado, que integrava o I Governo Constitucional quando Mari Alkatiri que teve a ideia de abrir uma embaixada no Vaticano.
"Garanto que todo o conflito com a Igreja 2004 não foi responsabilidade de Alkatiri", disse José Ramos-Horta.
2 comentários:
"Isso quer dizer o quê sobre as ideias do Presidente?" - introduz o sr. Orlando neste seu post mas...
Como já seria de esperar... obviamente, o sr. Orlando Castro não percebe. Colocá-lo-ía na segunda designação referida por Ramos Horta.
Não entende, como pelos vistos não entenderam outros. É um problema que se prolonga, a falta de entendimento sobre coisas básicas. E deixe-se lá daquela história do Estado laico. A realidade é bem mais importante que querermos modificá-la à viva força... porque defendemos isto ou aquilo, sobretudo Timor-Leste.
Força nisso...
Isso cheira extremamente mau!
Grotescamente pretensioso!
Enviar um comentário