quinta-feira, outubro 16, 2008

Jornalistas suspensos por criticarem
o todo poderoso Governo do... MPLA

Revela a Voz da América que o Jornalista Victor Silva está impedido de comentar na Rádio Nacional de Angola por ter posto em causa a capacidade de alguns membros do Governo na gestão dos sectores a que são afectos. É a democracia “made in MPLA”.

No sábado passado a rádio estatal promoveu o seu fórum habitual sobre opinião tendo sido retirado do ar quando os comentadores levantaram algumas reservas sobre os vice-ministros recentemente pelo Presidente da República, e do MPLA (partido que vai somar pelo menos quatro anos aos 33 que já leva de poder) José Eduardo dos Santos.

Victor Silva comentador principal sobre política doméstica da rádio pública foi, democraticamente e com a legitimação dos mais de 80% das eleições, suspenso por ordens expressas do Ministro da Comunicação Social Manuel Rabelais.

Toda equipa que esteve naquele dia em trabalho, inclusive o editor de opinião, Antero João, e o Jornalista Amílcar Xavier que entrevistava os convidados foram igualmente suspensos. Com Rabelais ninguém brica. Ou comem ou calam.

O Ministro Manuel Rabelais cujos excesso não são relatados pelos órgãos de imprensa em Angola (pudera!) é descrito pela classe jornalística como uma individualidade que não aceita críticas até porque, como quase todo o MPLA, é dono da verdade.

Esta é pelo menos a segunda vez num espaço de 3 anos que este membro do governo manifesta intolerância com todos os que questionam a sua capacidade mugabiana. O primeiro caso foi Zeca Martins, um comentador desportisvo que havia questionado a paralisação do girabola em favor das festividades do aniversário do Presidente da República.

“Os excessos que temos registado por parte do Ministro Rabelais desautorizam as orientações máxima do Presidente da República que ultimamente tem apelado ao respeito da crítica e das ideias diferentes” afirma sem medo no seu blog, o free lance Meneses de Oliveira acrescentado que “o dirigente deve fazer leitura do tempo pois não pode entender que a sua recondução foi para cooperar pela negativa a imagem do governo”.

Era bom, era.

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