O candidato democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, derrotou - tal como no primeiro debate - o seu rival republicano, John McCain. É pelo menos isso que dizem as sondagens divulgadas após o encontro.
A auscultação feita pela CNN indica que 54% dos espectadores acreditam que o senador do Illinois venceu o debate em Nashville (Tennessee), enquanto 30% consideram que McCain se saiu melhor.
A mesma sondagem revela ainda que a imagem de Obama melhorou após o debate, aumentando de 60% para 64% o número de eleitores que o vêem favoravelmente. No que a McCain respeita, o desempenho permanece invariável nos 51%.
Dissecando o debate por temas, os norte-americanos sondados dizem que McCain venceu na segurança nacional (51% contra 46%). Na economia, a vantagem foi para Obama, com 59% a dizerem que ele seria o presidente ideal para enfrentar a crise, ficando McCain com apenas 36%.
Uma outra sondagem, elaborada para a CBS, também dá a vitória ao candidato democrata com 39% contra 27%.
Mal-grado a candidatura de McCain desvalorizar estas sondagens dizendo que o candidato republicano foi o vencedor, também analistas conceituados deram a vitória a Obama.
David Gergen, da CNN, considera que Obama "foi melhor nas respostas e conseguiu aumentar a empatia com o eleitorado feminino".
Na MSNBC, Rachel Maddow considerou que o candidato democrata venceu "claramente" o debate porque conseguiu dizer o que queria, como queria e quando queria, "como se McCain não estivesse presente no debate".
Um grupo de eleitores indecisos da Pensilvânia, reunidos pela MSNBC, nos mesmo moldes em que decorreu o debate, atribuiu a Obama a vitória no encontro com 60%, contra 40% para McCain.
Ao contrário do primeiro, o segundo debate (o último está previsto para dia 15, em Hampstead, no Estado de Nova Iorque) foi mais incisivo e condimentado com alguns ataques mútuos, sendo a política externa um dos pontos mais quentes.
Contrariando as regras estabelecidas quanto às réplicas, Barack Obama reagiu fortemente a um ataque de McCain sobre afirmações relacionadas com o Paquistão. "Se Osama bin Laden estiver na nossa mira e o Governo do Paquistão for incapaz, ou não estiver atento, penso que deveremos agir para eliminá-lo, mesmo em território paquistanês", afirmou Obama.
"Isso não são coisas que se digam", replicou McCain, tendo Obama respondido que "vamos matar Bin Laden e esmagar a al- -Qaeda".
Sobre o estado da economia real, o senador de Illinois disse que os EUA vivem a pior crise desde a Grande Depressão e que foi provocada pela "política falida dos últimos oito anos da Administração Bush, apoiada por McCain".
O candidato republicano reconheceu que o "problema se tornou severo" e propôs que o Tesouro compre os financiamentos problemáticos de hipotecas para evitar que os preços das casas caiam mais.
Questionados sobre quem indicariam para o Tesouro, McCain sugeriu Meg Whitman, ex-presidente da eBay, e Obama indicou que, entre outros, o megainvestidor Warren Buffet seria uma boa opção.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
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