“Gostava de saber se é possível um empresário português ser sócio da APIMA, seu dirigente e ao mesmo tempo importador (por exemplo da China) de mobiliário?”, perguntei aqui na sexta-feira («Mobiliário português “made in China”?»).
Alguém bem informado sobre as questões da APIMA - Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins, fez o favor de me dizer que os estatutos da APIMA foram alterados para “permitir que uma empresa do presidente da direcção pudesse participar em feiras internacionais”.
Isto porque, até então, só poderiam participar empresas que produzissem mobiliário, pois essa é, ou foi, a matriz da APIMA. Com a mudança estratégica dos estatutos, uma qualquer empresa de importação-exportação pode participar.
Por outras palavras, mercadoria importada da China pode ser vendida numa feira internacional através de um filiado de uma coisa que se diz Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins. Repare-se: portuguesa, das indústrias e de mobiliário.
Por alguma razão, em 11 de Outubro de 2006, o então secretário-geral da APIMA, Rui Ramos, dizia ao Jornal de Notícias (*) "os portugueses não estão a adquirir os nossos móveis, que possuem qualidade e design, estando a optar por comprar mobiliário, e peças de decoração, mais barato e de menor qualidade, em grandes cadeias internacionais ou produzido na China".
Para bom entendedor, um quarto de palavra basta...
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