segunda-feira, outubro 13, 2008

Kabila amigo, Angola está contigo
(enquanto isso der jeito a Luanda)

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, cujo país preside à União Europeia, denunciou hoje a situação "intolerável e mortífera" no Leste da República Democrática do Congo, onde a UE teme "novos massacres".

É preciso "fazer soar o alarme. A situação volta a ser intolerável e mortífera", declarou o ministro à saída de uma reunião com os seus homólogos da UE no Luxemburgo. "Nós tememos que novos massacres, terríveis, voltem aquela parte do Leste e ao Kivu", adiantou, acusando o Ruanda e a RDC de "alimentarem" o conflito.


O exército congolês enfrenta desde final de Agosto a rebelião de Laurent Nkunda na região do Leste do Norte-Kivu, que faz fronteira com o Ruanda.

Na República Democrática do Congo, segundo a UNICEF, milhares de crianças foram recrutadas à força por grupos armados e usadas como crianças-soldado ou mantidas em cativeiro como escravas sexuais por longos períodos de tempo.

Embora estejam muito calmos, os generais angolanos continuam a ter presente a sua velha tese herdada dos cubanos e russos: quem quer come, quem não quer morre. E sendo que Angola tem quase mais generais (entendidos figurativamente como sinónimo de militares) do que angolanos, se calhar até vem a calhar um conflito ali ao lado.

Como aqui disse no passado dia 30 («
Militares subordinados ao poder político ou políticos subordinados ao poder militar?»), “não tardará a altura em que os militares angolanos vão ser “obrigados” a fazer uns exercícios num país vizinho”.

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