Quando Portugal for um verdadeiro Estado de Direito, veremos o embaixador de Angola em Lisboa, como agora fez o da Sérvia a propósito do Kosovo, lamentar a decisão do Governo português de reconhecer a independência de Cabinda.
Até lá, como até aqui, continuará a indiferença (comprada com o petróleo de Cabinda), seja de Portugal ou da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
E é pena, sobretudo quanto a Portugal, que à luz do direito internacional (o Governo de José Sócrates saberá o que isso é?) ainda é a potência administrante de Cabinda. Lisboa terá um dia (quando deixar de ter na Sonangol, MPLA, clã Eduardo dos Santos um faustoso investidor) de perceber que Cabinda não é, nunca foi, nunca será uma província de Angola.
Por manifesta ignorância histórica e política, bem como por subordinação aos interesses económicos de Angola, os governantes portugueses fingem, ao contrário do que dizem pensar do Kosovo, que Cabinda sempre foi parte integrante de Angola. Mas se estudarem alguma coisa sobre o assunto, verão que nunca foi assim, mau grado o branqueamento dado à situação pelos subscritores portugueses dos Acordos do Alvor.
Os cabindas continuam a reivindicar, e desde 1975 fazem-no com armas na mão, a independência do seu território. No intervalo dos tiros, e antes disso de uma forma pacífica, nomeadamente quando Portugal anunciou, em 1974, o direito à independência dos territórios que ocupava, a população de Cabinda reafirma que o seu caso nada tem a ver com Angola.
Cabinda, um território militarmente ocupado por Angola, tem 10.000 quilómetros quadrados e 300.000 habitantes e é responsável pela maior parte da produção petrolífera angolana, além de possuir outros recursos como fosfato, urânio, ouro e potássio.
1 comentário:
Quanto mais o Sr escreve,mais se afunda, quanto mais o Sr tenta dividir Angola e os Angolanos, mais desprezo sentimos por si. È triste alguem afirmar que ama Angola e ao mesmo tempo luta para dividir Angola. Sou jovem,pacifico e apartidario, mas no dia que for necessario pegarei em armas para defender a integridade do meu País. Angola é e será de Cabinda ao Cunene. O tratado de Simulambunco foi Show-off um organizado pelos seus antepassados Portugueses, enganando os Sobas e Reis locais. Não me venha dizer que por causa disso é que Cabinda não é Angola. Senão poderia lhe afirmar que o Alaska tambem não é USA, pois está parcela de terra foi comprada pelos USA aos Czares Russos. Ou ainda o Pais Basco que tem língua e cultura diferente do resto da Espanha/França, não deveria pertencer a esses Países. Deixe de hipocrisia e Romancismo, o Sr não entende nada do mosaico cultural/tribal Angolano. Por favor pare de Denegrir o nosso País!!
Enviar um comentário