quarta-feira, outubro 22, 2008

Malungo, o Huambo e a Friedensdorf
(não basta parecer, é preciso ser sério)

Albino Malungo é o novo governador provincial do Huambo, em substituição de Paulo Kassoma, nomeado primeiro-ministro. Malungo era até aqui embaixador extraordinário e plenipotenciário de Angola no Japão.

Em 2001, um programa de ajuda humanitária a Angola, por parte de uma ONG alemã fez estalar desentendimentos entre o então ministro da Reinserção Social, Albino Malungo e o embaixador alemão em Luanda, Klaus-Christain Kraemer.

O programa Aldeia da Paz era uma iniciativa da ONG alemã, Friedensdorf, liderada pela mulher do político Scheuble e tinha por objectivo proporcionar a centenas de crianças angolanas viagens à Alemanha para tratamento e férias.

A Friedensdorf encarregou durante alguns anos a Acção Angolana para o Desenvolvimento (AAD), uma ONG cujo sócio fundador era exactamente Albino Malungo, da administração do programa em Angola, principalmente no que toca à selecção das crianças para a viagem à Alemanha.

Durante 1999, Malungo convenceu os responsáveis da AAD a entregar a gestão da organização a um alto funcionário do MNE, seu parente e amigo, que reestruturou a AAD de forma a trazer lucros directos aos seus sócios e especialmente ao seu sócio fundador.

Perante uma situação de irregularidade de contas, entretanto detectada, a Friedensdorf pôs termo à sua cooperação com a AAD.

.... O Huambo é uma das mais importantes províncias de Angola, situada no Planalto Central, e é a região onde a reconstrução nacional após a guerra, que terminou em 2002, é mais visível.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gil Gonçalves
http://patriciaguinevere.blogspot.com/

Creio que foi no Natal de 1992. Era ele Ministro da Reinserção Social. Com o irmão dele e mais um oficial superior das FAA, estive na casa dele, no complexo da ONU, ali na Odebrecht, arredores de Luanda. É uma pessoa muito simples, humilde, simpático… agradável. É ele que me convida a sentar e me serve um uísque. O resto do tempo passei-o lá num óptimo ambiente de conversação, e fiquei a gostar, a apreciá-lo imenso. Depois ainda tive alguns contactos com ele. Depois cada um seguiu a sua vida e nunca mais tive o prazer de o rever. Quem sabe … um dia destes vou ao Huambo de propósito para lhe dar um forte abraço.

Sobre as acusações que lhe pesam, não sei… não tive oportunidade de estudar a coisa a fundo. Talvez seja como o José Pedro de Morais, ou o Marcolino Moco…

De qualquer modo, por este meio, envio-lhe um forte abraço, e que se digne recompor verdadeiramente o Huambo sem ideologias políticas.
Gil Gonçalves