"O governo de José Sócrates foi o que mais degradou as condições do exercício da profissão de jornalista, no plano da desvalorização, da injúria, do insulto, da desconsideração e do desrespeito".
"Posso dizer que, em 34 anos de democracia, os jornalistas nunca foram sujeitos a uma campanha de desvalorização social tão forte como aquela que este governo fez".
"Os jornalistas não querem que o Estado seja uma agência de emprego, o que não aceitam é que o Governo se tenha transformado em agência de desemprego".
"A nossa esperança é que os jornalistas não fiquem de braços cruzados à espera que as coisas mudem, a única esperança que nós podemos ter é a capacidade de mobilização e de luta dos jornalistas".
Todas estas frases foram ditas pelo secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, e referiam-se obviamente a professores e não a jornalistas. Mas, como é fácil de constatar, a realidade é a mesma só bastando, como foi o meu caso agora, substituir a palavra professor por jornalista.
A grande diferença está apenas no facto de, e ainda bem, os professores não estarem dispostos a comer e a calar, ao contrário dos jornalistas que comem pela medida grossa e calam.
Dir-me-ão, e bem, que a situação laboral de uns e outros é diferente, muito diferente, sobretudo no que concerne à entidade empregadora. É verdade. Mas quem permite que uns possam fazer tudo o que querem e outros sejam, democraticamente, obrigados a ter a liberdade de estar calados é o Governo.
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