Provavelmente os portugueses deveriam estar agora a manifestar a sua indignação (creio, embora não tenha a certeza, que ainda têm esse direito) pelo aumento da pobreza, pelo custo de vida, pelo desemprego, pela crise, pela forma como são tratados.
Talvez pudessem até adoptar uma metodologia mais expressiva, saindo à rua, incendiando coisas, partindo outras e por aí fora. É claro que, em democracia (dir-me-ão sobretudo os que não têm os problemas financeiros que atingem a esmagadora maioria dos portugueses) a indignação não se manifesta com violência física.
E se não se manifesta com violência física, fica-se confinado a protestos limitados à urbanidade típica dos que, por força das circunstâncias, comem e calam. Até um dia. Sim, que a paciência dos brandos costumes lusos também tem limites. Aliás, por alguma razão se diz que quanto mais as pessoas se baixam, mais se lhes vê o rabo.
É claro que o primeiro-ministro socialista das ocidentais e cada vez mais pobres praias lusitanas a norte de Marrocos, de seu nome José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, arranja sempre maneiras, prenhes de urbanidade, de desviar as atenções dos aumentos constantes do custo de vida que "roubam" o direito a uma sobrevivência digna, e continua a ter estrategemas para nos atirar fumo para a chipala.
Estando o país, ou pelo menos parte dele, de tanga, que importa que existam em Portugal pelo menos dois milhões de pobres e que mais de 20% (vinte por cento, vinte em cada cem, uma em cada cinco) de crianças estejam expostas ao risco de pobreza?
Estando o país, ou pelo menos parte dele, de tanga, que importa o facto de, a seguir à Hungria e à República Checa, Portugal ser o país europeu onde as pensões são mais baixas e seriam precisos em média mais de 110 euros por pessoa para fazer face às despesas domésticas básicas, uma realidade que mais uma vez tem maior incidência nas classes sociais mais baixas?
Ao fim e ao cabo, os portugueses são um povo solitário (mais de meio milhão vive sozinho), ingénuo (ainda acreditam em José Sócrates), lixado e mal e pago (bem mais do que 500 mil desempregados).
São e, pelos vistos, assim vão continuar...
São e, pelos vistos, assim vão continuar...
1 comentário:
Gil Gonçalves
patriciaguinevere.blogspot.com/
Porque era a guerra das cólonias. Porque era o Salazar. Porque era a emigração. Porque era o fascismo. Porque era o comunismo do 25 de Abril.A liberdade chegou e o fascismo acabou. Mas, então porque Portugal não avança? Sempre a recuar? agora é então do quê? JÁ NÃO EXISTEM CÉREBROS! O último cérebro é o José Sócrates, depois... virão os suicidios massivos.
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