A afirmação é do ex-Governador do Huambo e agora Primeiro-Ministro de Angola, Paulo Kassoma, numa entrevista ao jornalista Jorge Eurico, publicada no Notícias Lusófonas.
«Foi por causa do seu esforço (e também do malogrado empresário Valentim Amões, diga-se de passagem) que, qual Fénix, a então cidade de Nova Lisboa reergueu-se das cinzas e dos escombros da guerra. Foi por causa do seu trabalho (e também do malogrado empresário Valentim Amões – é, pois, de elementar Justiça não olvidar este facto) em prol dos locais e da cidade que nas eleições de 5 de Setembro no Huambo o "Galo Negro" perdeu cinco zero para o "Partido do Coração". Falamos de Paulo Kassoma.
Foi por causa dos milhões de dólares (Valentim Amões também contribuiu abrindo os cordões à bolsa) postos à sua disposição que conseguiu dar uma imagem mais digna ao Huambo e resgatar o orgulho dos locais, consubstanciado no facto de terem os seus cordões umbilicais enterrados no Planalto Central.
Estamos, pois, a falar do engenheiro que concedeu a sua última entrevista como governador do Huambo uma semana antes de ser nomeado para o cargo de Primeiro-Ministro pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Falamo-vos, pois, de António Paulo Kassoma que, durante o seu consulado passou um atestado de incompetência à Sociedade Civil do Huambo. Pois só assim se compreende que quase todas (e mais algumas) iniciativas para o bem da urbe e dos seus habitantes tenham as "impressões digitais" do seu Executivo, tendo a Sociedade Civil primado pura e simplesmente pela ausência mesmo estando presente.
Eis a entrevista do último governador do Huambo que durante a II República deu vida à "Cidade Vida" e voltou a pô-la na berra (é isso mesmo, o Huambo é que está a dar; e quem disso tiver dúvidas, se não tiver telhado de vidros, que se levante e atire a primeira pedra!)».
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