De acordo com o Semanario Angolense (SA), José Pedro de Morais é suspeito (e, por isso, até prova em contrário deve ser considerado inocente) de desonestidade intelectual. As suspeitas envolverão dois prémios, um para o melhor ministro das Finanças de África, e outro que o colocava entre os cinco melhores em todo o mundo.
Segundo o SA, teriam chegado à Presidência evidências de que José Pedro de Morais teria comprado, ainda por cima com dinheiro público, o segundo prémio, que lhe foi outorgado pela revista The Banker, propriedade do grupo britânico Finantial Times.
Pelos vistos, apesar de me parecer que a história está muito mal contada, foram os próprios norte-americanos que destaparam a careca ao antigo ministro das Finanças de Angola.
"Há bem pouco tempo, José Pedro de Morais comprou uma mansão em Miami Beach (privilegiada zona turística dos EUA) por montantes nada módicos: vários milhões de dólares. Além disso, José Pedro de Morais teria pago também várias dezenas de milhões de dólares para adquirir acções num poderoso grupo de editorial português", conta o SA.
No que às ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos respeita, a participação num importante grupo editorial terá sido feita, não como se infere do texto do SA, a título pessoal mas cumprindo ordens superiores de José Eduardo dos Santos.
Consta, por último, que o Presidente José Eduardo dos Santos já teria o ex-ministro das Finanças na mira depois que viu o seu nome mencionado no “Mensalão”, célebre escândalo político-financeiro ocorrido no Brasil.
Afirma o jornal que José Pedro de Morais teria sido o expoente máximo da promiscuidade dos titulares de cargos públicos que, durante a campanha eleitoral, o Presidente não só verberou como prometeu extirpar.
Enquanto ministro das Finanças, diz o SA, José Pedro de Morais é dado como tendo promovido actos que levaram à quase extinção da Empresa de Lotarias de Angola (uma empresa pública), fazendo florescer no lugar dela a privada FININGEST, na qual ele tem interesses.
Por dramática coincidência, aponta o jornal, a sede do BANC (um banco no qual José Pedro de Morais também tem interesses) funciona precisamente nas instalações que albergaram as Lotarias de Angola, à Maianga. Ainda na condição de ministro das Finanças, José Pedro de Morais esteve associado a uma empresa de seguros (a Global Seguros).
Enquanto ministro das Finanças, diz o SA, José Pedro de Morais é dado como tendo promovido actos que levaram à quase extinção da Empresa de Lotarias de Angola (uma empresa pública), fazendo florescer no lugar dela a privada FININGEST, na qual ele tem interesses.
Por dramática coincidência, aponta o jornal, a sede do BANC (um banco no qual José Pedro de Morais também tem interesses) funciona precisamente nas instalações que albergaram as Lotarias de Angola, à Maianga. Ainda na condição de ministro das Finanças, José Pedro de Morais esteve associado a uma empresa de seguros (a Global Seguros).
“No cúmulo da imoralidade e da promiscuidade, diz-se que uma empresa da mulher de José Pedro de Morais é quem intermediava o pagamento da dívida pública do Governo angolano”, ou seja “todas as empresas ou indivíduos que quisessem ser ressarcidos por serviços ou fornecimentos feitos ao Estado tinham que negociar com a esposa do ministro das Finanças”.
Trocado por miúdos, explica o SA, “ela negociava com o marido o pagamento da dívida pública, “só falta saber em que proporções é que o casal dividia as comissões. Se metade para cada cônjuge ou se 51 por cento para o marido e 49 para a mulher”.
Este é mais um daqueles casos em que a montanha nem um rato vai parir. Ninguém, de facto, estará interessado em que José Pedro de Morais conte o que sabe ou mostre os documentos que tem (muitos até estão fora de Angola). E o primeiro em não estar interessado é o próprio José Eduardo dos Santos.
3 comentários:
São tantas, tantas manobras...que ainda bem que o Jornalismo é feito a sério! Sem omissões, sem falta de verdade, transparente.
Obrigada Orlando.
Muito obrigada:
Loma
Desculpa Orlando,mas seu eu der muitos vivas ao MPLA,achas que consigo que me deixem ficar com uma pequena Xitaca que o meu pai tinha lá para os lados da Quilenda no Kuanza-sul,que duvido que tenha ficado para o Higino,pois era uma coisa pequena.
Como vez,eu sou angolano e filho de colono e não quero uma mansão em Miami,só gostaria de ter uma casa na minha terra e essa é Angola.
Continuamos com as mesmissimas porcarias de sempre. Dirigentes corruptos que não levados às barras dos tribunais.
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