A comunicação social portuguesa (eu sei que não é única, mas falemos dela agora) parece estar de muito boa saúde. Continua (salvo algumas poucas excepções) a caçar elefantes no Alentejo e a utilizar perdigueiros quando vai à pesca.
No jornalismo, a lealdade quando é comprada não é mais do que uma traição adiada. Infelizmente, grande parte dos jornalistas (sobretudo aqueles que deixaram a profissão para serem chefes) continua a pensar com o umbigo e a rematar com a pé que tem mais à mão.
Se não existimos para dar voz a quem a não tem, o que é que andamos a fazer nesta profissão? É que, para dar voz a quem já a tem, existem os propagandistas; estejam ou não na Assembleia da República, dirijam ou não os meios de comunicação social, sejam ou não donos e senhores da economia nacional.
Na sociedade portuguesa, sobretudo mas não só, dos media, multiplicam-se os casos em que um especialista em matraquilhos é seleccionado para a equipa de futebol e o futebolista integra a equipa de ténis.
Na sociedade portuguesa, sobretudo mas não só, dos media, multiplicam-se os casos em que uma equipa de basquetebol é formada por jogadores de futebol e treinada por um ex-ciclista. E depois admirem-se de ver os jogadores levar bicicletas para o campo…
E, como se tudo isto não fosse suficiente, ainda os vemos tentar caçar elefantes (no Alentejo, é claro) munidos de xifutas e levar os perdigueiros para a pesca num aquário.
E, como se tudo isto não fosse suficiente, ainda os vemos tentar caçar elefantes (no Alentejo, é claro) munidos de xifutas e levar os perdigueiros para a pesca num aquário.
Sem comentários:
Enviar um comentário