
Acrescenta o jornal, mais uma vez bem, que “ao não recompensar, tanto Dinho Chinguji, como Fátima Roque, com um cargo ministerial, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, fez muito bem”.
“A estas horas, os militantes consequentes do «Galo Negro» devem estar a dar largas à sua satisfação pelo facto de nenhuma das três grandes figuras que deixaram o partido de forma algo rocambolesca - Jorge Valentim, Fátima Roque e Eduardo «Dinho» Chingunji - fazer parte do elenco governativo (a nível de ministros)”, escreve o SA.
Diz ainda o SA que “não se sabe já se o MPLA ainda os vai recompensar pela «traição» ao «Galo Negro» com algum cargo a nível de vice-ministo”.
Ora aqui é que, na minha opinião, o jornal se engana. Não foi a nível ministerial mas a recompensa está garantida, nem que seja a nível de uma qualquer embaixada.
É que, honra seja feita, o MPLA não esquece quem o ajuda. Foi assim com os amigos do MFA (Movimento das Forças Armadas) e com o Partido Comunista em Portugal, e será assim com os que ajudaram a decapitar a UNITA.
Primeiro foram os que atraiçoaram Jonas Savimbi e, como se isso não bastasse, colaboraram directa e fisicamente na sua caça e no seu assassinato, depois os que politicamente se venderam a troco de um tacho.
É claro que o MPLA sabe como ninguém (vejam o 27 de Maio de 1977) eliminar todos os que jugam ter direito a pensar livremente, tal como sabe que a maioria dos desertores da UNITA são uma espécie canina que não conhece o dono.
Sabendo disso, tão depressa lhes dará o osso como logo a seguir lhes dará um “tiro”. Mas, para mim, é certo que haverá uns ossos já agendados para serem distribuídos aos desertores.
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